O contexto autoritário no pós-1964: novos e velhos atores na luta pela anistia
Sinopse
A anistia, embora venha acompanhada de um sentido ético, quando se refere ao perdão, ao esquecimento e ao reencontro com a sociedade, ao mesmo tempo, envolve-se num profundo sentimento de liberdade. Esse reencontro é, na realidade, o reencontro com os direitos universais do homem usurpados pela força; direitos tão caros à modernidade, que foram roubados no Brasil pós-64 pela intervenção do Estado Militar. É por isso que D. Paulo Evaristo Arns, Cardeal-Arcebispo de São Paulo, ao abrir oficialmente, na catedral daquele Estado, a Campanha da Fraternidade de 1978, articula, em sua fala, o sentido mais apurado da anistia fundado em direitos sócio-políticos. Essa articulação tenta repor a dimensão da vida política castrada pelo autoritarismo.
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